Refinamento e diversificação cultural

Refinamento e diversificação cultural

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A cultura erudita de Porto Alegre mostrou na segunda metade do século um significativo avanço. A elite já havia amadurecido a ponto de mostrar interesses variados em arte e alimentar uma vida cultural significativa, onde brilharam os primeiros intelectuais e educadores locais de real mérito, como Antônio Vale Caldre Fião, Hilário Ribeiro, Luciana de Abreu, a quem se juntaram outros de fora como Apolinário Porto-Alegre e Carlos von Koseritz.[20] Vários deles participaram da importante Sociedade Parthenon Litterario, ativa desde 1868, formada pela flor da intelectualidade gaúcha. Sua atuação não se resumiu apenas à divulgação de literária, mas também expandiu a cultura dos gaúchos oferecendo cursos noturnos para adultos, criando uma biblioteca com importantes obras de Filosofia, História e Literatura e um museu com seções de Mineralogia, Arqueologia, Numismática e Zoologia. As aulas noturnas foram uma das atividades mais duradouras, permanecendo até 1884 quando, devido a dificuldades financeiras e falta de um local para abrigar as aulas, estas foram suspensas. A Sociedade participava de campanhas abolicionistas, angariando fundos para libertação de escravos e propagava os ideais republicanos. Promovia também debates com temas diversos como a Revolução Farroupilha, casamento, pena de morte e feminismo. Publicou diversas obras literárias, bem como a tradicional Revista Literária, seu legado mais forte. A Revista circulou durante dez anos e continha críticas literárias, biografias, comentários, editoriais e estudos sobre a história e cultura gaúchas, os discursos proferidos na Sociedade, além de contos, narrativas, peças teatrais e poesias.[21][22]
Em 1875 se realizou o primeiro salão de artes, como uma seção da Grande Exposição Commercial e Industrial, exibindo-se pinturas, desenhos e peças de arte decorativa, com a participação de várias mulheres artistas. Ao mesmo tempo foi aberta a primeira galeria comercial de arte e surgiu a primeira idéia de se criar em Porto Alegre uma escola de artes, proposta do cenógrafo Oreste Coliva acolhida com calor pela imprensa e os círculos ilustrados, embora o projeto, ambicioso demais para o momento histórico, não tenha frutificado. O influxo de influências francesas e alemãs forneceu elementos culturais adicionais para desencadear os primeiros movimentos de renovação moderna no terreno da arte da capital, que em 1880 já possuía mais de 40 mil habitantes mas cuja população ainda construía casario e grandes edifícios no arraigadíssimo estilo colonial, de tradição Barroco-portuguesa, como a Igreja da Conceição, projeto de João do Couto e Silva concluído neste mesmo ano.[20]

Referências

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Pedro Weingärtner: Carreteiros gaúchos chimarreando, 1911. Pinacoteca Aldo Locatelli
Os anseios artísticos da cidade no entanto frutificariam bem logo em Pedro Weingärtner, descendente de imigrantes alemães, o primeiro pintor local a obter o reconhecimento no estrangeiro. Acadêmico convicto, treinado na Europa, patrocinado por Dom Pedro II pessoalmente e autor de uma obra que se divide entre cenas burguesas e urbanas, a recriação romântica de idílios mitológicos classicistas e, o que talvez seja sua contribuição mais perene, cenas regionalistas em estilo realista e minucioso, às vezes quase fotográfico. Foi o pintor portoalegrense mais erudito e talentoso de sua geração e o artista mais bem sucedido e celebrado da cidade até pouco antes de falecer em 1929, embora passasse muito tempo na Itália, onde mantinha outro atelier.[23][24]


O Theatro São Pedro em 1860


Virgilio Calegari: O Circo de Touradas
Outras áreas da arte igualmente demonstravam vitalidade, como a música. Algum treinamento musical se tornara parte obrigatória da educação da elite e os festejos públicos e privados sempre se valiam da música, havendo já diversos grupos instrumentais e professores em atividade. A figura mais notória desta fase foi o maestro Joaquim Mendanha, antigo membro da Capela da Corte do Rio, professor e fundador da Sociedade Musical de Beneficência Porto-Alegrense, além de ser o Mestre-de-Capela da Matriz. Nesse período também se inaugurou o Theatro São Pedro, uma grande casa de ópera, e fundou a Sociedade Filarmônica Porto-Alegrense, a fim de financiar uma escola de música e organizar concertos para seus sócios.[25][26]
Entre as atrações mais populares do fim do século XIX estavam as touradas e o ciclismo, onde se misturavam as classes sociais. As touradas são registradas desde a década de 1880, realizando-se em uma arena onde hoje é o Parque da Redenção. Não se sabe ao certo, mas aparentemente o touro não era sacrificado no final do espetáculo, que se resumiria em uma encenação carregada de dramaticidade, e intercalada com cenas de pantomima. Segundo os jornais da época, o afluxo de público todos os domingos era tão grande que parecia uma verdadeira "enchente". Nos intervalos ainda se apresentavam números circenses de todo tipo, com ginastas, mágicos e cantores. A partir de 1896 a arena foi também palco para apresentação de cinematógrafos em sessões noturnas. O cinema, por sinal, que de imediato ao chegar naquele ano caiu nas graças dos portoalegrenses, foi um dos responsáveis pelo rápido declínio das touradas, tanto que em torno de 1910 o Circo de Touradas haveria de ser desativado. Mais ou menos na mesma altura da popularização das touradas o ciclismo deixou de ser apenas uma curiosidade e se tornou uma moda. No fim do século já havia várias sociedades amadoras de ciclistas e dois velódromos. Como os equipamentos para o ciclismo eram caros, era um esporte essencialmente praticado pela elite, embora as corridas nos velódromos atraíssem também grandes multidões do povo.[27]


Virgilio Calegari: Construção dos tanques da Hidráulica Guaibense em 1890

Virgilio Calegari: Rua da Praia em torno de 1900